IMUNOTERAPIA: VACINAS DE ALERGIA

Imunoterapia Específica: O Que é e Como Funciona?

A imunoterapia específica com alérgenos é um tratamento que existe desde 1911 e tem como objetivo reduzir a sensibilidade do organismo a substâncias que causam alergia, como pólen, ácaros, fungos, pelos de animais ou veneno de insetos. 
Funciona como uma “vacina” para alergias: o paciente recebe doses controladas e crescentes do alérgeno (a substância que causa a alergia) para que o sistema imunológico “aprenda” a tolerá-lo, diminuindo ou eliminando os sintomas alérgicos ao longo do tempo.

Como funciona?

O tratamento pode ser aplicado de duas formas:
  • Injeções (subcutâneas): aplicadas em clínicas ou consultórios médicos, geralmente em intervalos semanais ou mensais.
  • Gotas sublinguais: administrados em casa, sob orientação médica.

O processo é gradual e pode durar de 3 a 5 anos, dependendo da resposta do paciente. 

Nos primeiros meses, as doses são menores e aumentam progressivamente até atingir uma dose de manutenção.

Para quais doenças está indicada?

A imunoterapia é indicada principalmente para doenças alérgicas mediadas por IgE (um tipo de anticorpo envolvido em reações alérgicas), como:
  • Rinite alérgica: espirros, coceira no nariz, congestão nasal e coriza.
  • Asma alérgica: falta de ar, chiado no peito e tosse.
  • Conjuntivite alérgica: coceira, vermelhidão e lacrimejamento nos olhos.
  • Alergia a veneno de insetos: reações graves a picadas de abelhas, vespas ou formigas.
  • Dermatite atópica: em alguns casos, quando associada a alérgenos específicos.
Quem pode fazer?
Nem todos os pacientes alérgicos são candidatos ao tratamento. 
Ele é indicado para quem:
  • Tem alergia confirmada por testes (como o teste cutâneo ou exame de sangue).
  • Não responde bem aos medicamentos convencionais (antialérgicos, corticoides, etc.).
  • Apresenta sintomas frequentes ou graves que afetam a qualidade de vida.
Benefícios:
  • Redução significativa ou eliminação dos sintomas alérgicos.
  • Diminuição do uso de medicamentos sintomáticos.
  • Prevenção do agravamento da alergia (por exemplo, evitar que uma rinite alérgica evolua para asma).
  • Efeito duradouro, mesmo após o término do tratamento.
Segurança:

A imunoterapia é geralmente segura quando realizada sob supervisão médica adequada. 

Desde sua introdução em 1911, inúmeras pesquisas comprovaram sua eficácia e segurança. No entanto, como todo tratamento, pode apresentar riscos de reações adversas, como inchaço no local da aplicação ou, em casos raros, reações sistêmicas mais graves (anafilaxia). 

Por isso, é fundamental que o tratamento seja sempre prescrito e acompanhado por um alergista experiente, em um ambiente preparado para lidar com possíveis reações.

Se você tem alergias persistentes e deseja uma solução de longo prazo a imunoterapia pode ser uma opção.